Desde os tempos imemoráveis os Magos são vistos como figuras temíveis, dotadas de poderes sobrenaturais ou simplesmente como personagens de contos infantis.
O
Mago na Magia Divina está bem longe de ambas as descrições, sendo que ele na
realidade é um Servo, um Instrumento da Vontade Divina, mais especificamente de
Sua Lei Maior, com o propósito único de utilizar com sabedoria e
responsabilidade os recursos que lhe foram concedido através de suas iniciações
e conhecimentos.
A
Iniciação é uma “concessão de uso” conferida ao Mago pela Divindade Regente de
um determinado Mistério, que disponibiliza ao Mago a chave para ativar e
desativar os Poderes Divinos, objeto das práticas magísticas que serão
realizadas por ele. Desta maneira, como já dissemos anteriormente com outras
palavras, caso o Mago na Magia Divina tenha um procedimento contrário aos
ditames da Lei Maior, dele serão retiradas e recolhidas suas Iniciações, pelas
Divindades Regentes dos Mistérios, já que foram mal utilizadas. Assim, fica
claro que esta Magia é regida pela própria Onisciência Divina, o que garante o
equilíbrio e a concretização de seu propósito.
As
Iniciações na Magia Divina são puramente rituais, ou seja, não exigem provações
ou tarefas a serem cumpridas. Elas acontecem em um local consagrado a isso, sob
a presença dos Tronos, dos Mestres e das Hierarquias do Plano Astral, que são
os verdadeiros Iniciadores dos Graus de Magia, além da orientação do Mago
Iniciador encarnado, que descreverá as posturas (posições das mãos e do corpo)
para que os iniciandos recebam de forma adequada as vibrações Divinas, durante
a cerimônia.
Após
esta etapa, com a concessão para trabalhar com os Mistérios Divinos, o Mago
passa a evocar, ativar e direcionar Poderes Divinos, energias, vibrações,
magnetismos, símbolos e seres elementais (não confundir com elementares)
respectivos ao seu Grau de Iniciação, determinando suas ações positivadoras,
purificadoras, regeneradoras, reordenadoras e demais ações necessárias à
harmonização de seus consulentes, locais de trabalho profissional e religioso,
além de seus familiares.
Por
estes motivos, existem etapas a serem seguidas para obtenção de um ótimo
trabalho. O futuro Mago deve receber a Iniciação, pois, somente assim os Tronos
Regentes dos Mistérios Maiores aos quais ele será Iniciado, poderão
reconhecê-lo como Guardião de seus Mistérios e atender às suas evocações. Além
disso, o Mago deve doutrinar a sua própria mente (mais amplo que o conceito de
Cérebro) para direcionar corretamente os poderes que lhe foram colocados à
disposição após suas evocações.
Gostaria
neste momento de mencionar algumas diferenças entre Médium e Mago.
Inicio
dizendo que ambos são Instrumentos Divinos, que O servem de maneiras
diferentes. O Médium atua como canal para os poderes de seus Mentores
Espirituais através da incorporação (em seus vários níveis) e se utiliza de
rogativas e oferendas para colocar em ação as hierarquias espirituais para um propósito.
O Mago atua animicamente e conscientemente, ou seja, por si só e sem o concurso
de incorporações em quaisquer níveis, sendo orientado intuitivamente ou
telepaticamente por seus Tutores, os Mestres Espirituais de Magia. Ele
utiliza-se de várias chaves para ativar energias oriundas de diversas faixas
vibratórias e dimensões paralelas, em geral, não utilizando o concurso de
espíritos intermediadores, já que ele em si é o desencadeador das ações. Também
vale dizer que o Mago é responsável por absolutamente tudo o que faz no campo
de suas ativações e determinações.
Entretanto,
não quero dizer que um Mago não possa ser um Médium e vice-versa, mas gostaria
de delimitar conceitualmente a diferença, onde o Mago atua no campo da Lei
Maior e o Médium atua no campo religioso, salvaguardado por seus Guias e
Mentores espirituais, que quanto a eles, esclarecemos que são Magos
desencarnados, atuando a partir do plano astral e utilizando como meio de
comunicação e atuação na realidade material, seus filhos, os médiuns.
Prosseguindo
na Magia Divina, devemos dizer que, em geral, para sua realização não são
necessárias vestimentas específicas, nem mesmo horários, dias ou locais
especiais, portanto, poderá ser praticada em quaisquer locais e em quaisquer
situações nas quais o Mago estiver presente e for orientado, através de um
Desejo sincero de auxiliar ao próximo, que será a melhor indicação de que a
Vontade Divina vibra em seu íntimo.
Por
fim, não são exigidas dietas ou abstenções de certos tipos de alimentos, tanto
nas Iniciações, quanto nas práticas, sendo apenas necessário que o Mago tenha
sempre uma postura de reverência e respeito ao Criador e suas Divindades
Regentes e siga criteriosamente os procedimentos de evocação, ativação e
direcionamento dos Mistérios Divinos, conforme foi orientado durante sua fase
de instrução.
Escrito por: Daniel
Rodrigues de Souza